O Sindilojas Noroeste mobilizou lideranças e entidades de toda a região na manhã desta quinta-feira, dia 13, para a realização de uma reunião técnica de combate ao comércio ilegal. A reunião, uma proposição da Fecomércio-RS, por meio da Comissão de Combate à Informalidade, teve como objetivo definir ações interinstitucionais visando o combate ao comércio ilegal no município de Ijuí e região. O tema foi abordado pelo Vice-Coordenador da Comissão de Combate à Informalidade da Fecomércio-RS, Daniel Amadio e pela assessora tributária Tatiane Alves.
A reunião contou com a presença do Prefeito Municipal de Ijuí, Valdir Heck, o presidente da ACI de Ijuí, Nilo Leal da Silva, o Prefeito de Coronel Barros e Presidente da Associação dos Municípios do Planalto Médio (Amuplam), Edison Osvaldo Arnt, bem como representantes de diversos órgãos, tais como Polícia Rodoviária Federal, ACIs e Prefeituras Municipais de Catuípe, Santo Augusto e Panambi, Receita Federal de Ijuí e Santo Ângelo, Brigada Militar, Procon de Ijuí, Sesc, Senac, Receita Estadual, dentre outros.
O presidente do Sindilojas Noroeste, Élio Quatrin, destacou a importância do debate com representantes de toda a região para debater o combate ao comércio ilegal, trabalho que ele considera fundamental pois o mesmo afeta os comerciantes locais através da concorrência desleal. Os participantes citaram o problema de contrabando de mercadorias que ingressam por Porto Xavier e Porto Mauá, além de dificuldades relacionadas à imigração de estrangeiros. Também foram debatidas as feiras itinerantes que são realizadas em toda a região.
O Vice-Coordenador da Comissão de Combate à Informalidade, Daniel Amadio, destacou que há uma preocupação latente dos empresários em relação ao crescimento da informalidade no comércio. “Nosso trabalho é sair a campo, num trabalho de interiorização, que vem percorrendo as principais cidades do Estado. As feiras itinerantes são um grande problema no interior do Estado. São estruturas organizadas que vem de outras regiões e estados, levam nossa economia embora, deixam simplesmente o valor de um aluguel e nada para o município que os abrigou”. Amadio acrescentou ainda a importância de percorrer todas as regiões com este debate. “Não existe uma solução para o problema. Mas estamos procurando trocar experiências e estabelecer algumas ações, como a criação de códigos de postura mais rígidos e mais modernos, que protejam o comércio, que é na verdade o que movimenta a economia do município”.
Em relação aos vendedores ambulantes, Amadio destacou que esta realidade exige uma fiscalização atuante por parte das prefeituras para inibir ou estimular que os mesmos regularizem sua situação. A alta carga tributária, segundo ele, também é um fator que estimula a atuação de ambulantes. “Temos que aproximar mais os preços dos produtos. Sabemos que quem compra um produto contrabandeado ou pirateado procura por melhor preço, e não por um produto de qualidade e que não prejudique a saúde. Se você tem uma carga tributária alta, quem está legalizado acaba pagando a conta e a concorrência se torna desleal. Isso tudo sem falar que o produto contrabandeado acaba patrocinando grandes estruturas criminosas”. Para finalizar, apontou a necessidade de estruturar um serviço de fiscalização eficiente, bem equipado e atuante.